Empresas portuguesas do setor alimentar, que exportam para Moçambique, afirmam que o negócio está a crescer “de forma assinalável”, destacando que o país é estratégico para a sua atividade no continente africano.
Moçambique participou, na semana passada, em Lisboa, Portugal, na feira de produtos alimentares e bebidas portuguesas viradas para a exportação, um evento que movimentou 3 500 pessoas, maior parte das quais empresários.
O país fez-se representar pelo vice-presidente da Câmara de Comércio Moçambique-Portugal e, igualmente, diretor-geral da Tropigália, Adolfo Correia, entre outros pequenos empresários. A feira, que decorreu no Pavilhão Atlântico, acomodava “stands” de 400 empresas portuguesas que expunham um pouco de tudo: vinhos, azeites, carne, pescado e outros produtos e serviços.
Fernando Barros, presidente do Conselho de Administração da Ferbar, disse estar entusiasmado com o mercado moçambicano, tendo em conta o crescimento do volume da exportação. “Fizemos uma boa parceria com a Tropigália, temos tido alguns contactos de outras empresas. Pensamos vir a poder investir em Moçambique”.
O responsável aponta a área da agricultura, em particular a produção do tomate, como o setor que a Ferbar está a ponderar fazer negócio. É que Moçambique apresenta condições climatéricas necessárias para o cultivo daquela fruta.
A Ferbar está em Moçambique há 15 anos, segundo Fernando Barros, distribuindo produtos vários entre legumes e vegetais em conserva, produtos de mercearia, tostas, bolachas e biscoitos. Factura cerca de 25 milhões de euros por ano e exporta para vários países, incluindo os da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP. Também a Ramirez, a maior empresa de conservas do mundo, vê Moçambique como um mercado próspero e estratégico.
Fonte: O País Online
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