sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CRIAÇÃO DE 200 MIL EMPREGOS GERA OTIMISMO SOBRE ECONOMIA AMERICANA

Novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos divulgados nesta sexta-feira superaram as expectativas e aumentaram o otimismo sobre os rumos da economia do país.

De acordo com o Departamento do Trabalho, foram geradas 200 mil novas vagas em dezembro, bem acima das 150 mil esperadas por analistas de mercado e das 100 mil criadas no mês anterior.

A taxa de desemprego caiu de 8,7% para 8,5%, o nível mais baixo desde fevereiro de 2009.

Depois de um longo período de pessimismo e temor de que os Estados Unidos caíssem em uma nova recessão, em meio ao agravamento da crise na Europa e das dificuldades internas para solucionar os problemas da dívida e do déficit, a notícia vem se somar a uma recente onda de otimismo, alimentada por dados positivos em outras áreas da economia nos últimos meses.

Os novos dados também representam um impulso para as ambições do presidente Barack Obama de conquistar um segundo mandato nas eleições de 6 de novembro, já que pesquisas indicam que a economia é a principal preocupação dos eleitores.

"O relatório de empregos divulgado hoje fornece evidências adicionais de que a economia continua a se recuperar da pior crise desde a Grande Depressão", disse o presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Alan B. Krueger.

Desafios

O crescimento na geração de empregos foi puxado pelo setor privado, que criou 212 mil novas vagas em dezembro, enquanto o governo cortou 12 mil empregos.

Segundo o Departamento do Trabalho, este foi o sexto mês consecutivo em que a economia americana criou pelo menos 100 mil novas vagas.

"Há boas notícias em várias frentes", disse o analista Nigel Gault, economista-chefe da consultoria IHS Global Insight, ao lembrar que o número de horas trabalhadas aumentou, assim como o salário médio por hora.

Segundo Gault, com isso os consumidores que estavam reduzindo suas taxas de poupança nos últimos meses ganham um importante reforço na renda.

O economista afirma, porém, que apesar das boas notícias, ainda é cedo para comemorar.

Os Estados Unidos ainda têm mais de 13 milhões de desempregados, e economistas afirmam que o ritmo atual da economia continua insuficiente para reverter o problema.

"O relatório é animador. Mas não podemos tomá-lo como prova de que a economia saltou para uma taxa de geração de empregos muito mais forte", afirma.

"A economia ainda enfrenta problemas domésticos, mas a maior ameaça continua sendo externa, com crescimento mais fraco no resto do mundo e com a crise financeira na zona do euro."

Fonte: BBC Brasil

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