sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

IPCA FECHA NO TETO DE 6,5% EM 2011

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2011 com alta de 6,50 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, exatamente no teto da meta de inflação do governo. Em 12 meses até novembro, o índice tinha alta de 6,64 por cento

Em dezembro, o indicador subiu 0,50 por cento, após alta de 0,52 por cento em novembro. Analistas ouvidos pela Reuters previam que o IPCA teria alta de 0,55 por cento em dezembro, encerrando o ano a 6,56 por cento, segundo mediana da pesquisa Reuters. Ou seja, o mercado esperava que o IPCA estouraria o teto da meta.

O resultado fechado de 2011 foi o maior desde 2004, quando o IPCA registrou alta de 7,60 por cento. Em 2010, ele havia ficado em 5,91 por cento. Desde 2006, a meta de inflação do governo vem sendo ficada em 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Segundo o IBGE, a maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou variação maior que a do ano anterior. O grupo que mais subiu de um ano para o outro foi o de Transporte, que passou de 2,41 por cento para 6,05 por cento.

Na ponta oposta, vieram o grupo Alimentação e bebidas, que teve desaceleração de uma alta de 10,39 para 7,18 por cento e Artigos de residência, de 3,53 para estabilidade.

No ano passado, o segmento Despesas pessoais foi o que registrou maior elevação de preços: 8,61 por cento.

SURPRESA

O resultado fechado do ano passado pegou de surpresa boa parte do mercado, que esperava um estouro no teto da meta. Para o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rostagno, o que ajudou o IPCA a ficar dentro do objetivo do governo foi a recente redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bens da linha branca.

"Fora isso, a inflação segue pressionada, com alimentos acelerando e serviços ainda num patamar elevado. Foi um fator pontual que contribuiu para a desaceleração e fechando o ano no teto", afirmou ele.

Já o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em nota que o resultado de 2011 está em linha com cenário antecipado pela autoridade monetária.

Segundo Tombini, "em 2012, a inflação ao consumidor seguirá recuando e se deslocando na direção da trajetória de metas, dinâmica esta consistente com a estratégia de política monetária adotada pelo Banco Central."

Esse foi o oitavo ano seguido que o BC cumpre a meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A última vez que ele não conseguiu foi em 2003, quando o IPCA ficou em 9,30 por cento.

Fonte: Reuters

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