terça-feira, 3 de janeiro de 2012

MEDO DE ARRASTÕES FAZ COMERCIANTES FECHAREM AS LOJAS EM FORTALEZA


Com medo de mais arrastões, lojas de rua e de shoppings de Fortaleza, como nas ruas Floriano Peixoto e Major Facundo, fecharam as portas ou reforçaram a segurança particular. O receio começou depois da paralisação de policiais militares e bombeiros do Ceará, na manhã desta terça-feira (3). 

A Secretaria da Segurança Pública informou que a maior parte das denúncias sobre arrastões, que não são poucas, são boatos. Nas redes sociais e no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), são dezenas de relatos de supostas ocorrências de assaltos e arrastões. No início desta tarde, a hastag #CaosEmFortaleza era uma das mais comentadas no microblog Twitter.

A hastag #CaosEmFortaleza é uma das mais comentadas no microblog Twitter O governador Cid Gomes decretou situação de emergência no Ceará neste sábado (31) e solicitou tropas do Exército e Força Nacional que policiam o Ceará desde o réveillon. Os PMs parados estão acampados em um quartel da capital, para onde estão levando os carros da corporação.


A 10ª Região Militar, do Exército Brasileiro, passou a responder pela Segurança Pública no Ceará, após cabos e soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros decidirem entrar em greve, na última quinta feira, 29, às vésperas do Réveillon. 
Em nota divulgada na manhã desta terça-feira, o comando ressaltou que Fortaleza vai receber um reforço ainda hoje de 27 fuzileiros da Marinha do Brasil, 108 homens do 16° Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro, que estava lotado no Rio Grande do Norte e que também terá o apoio de 130 viaturas da PM, que não foram tomadas por manifestantes.
A situação da Segurança Pública do Ceará começou a ficar tensa desde que a PM e os bombeiros entraram em greve. De acordo com as lideranças do movimento, cerca de 80% do efetivo das duas categorias está parado e concentrado na 6ª Companhia do 5° Batalhão, no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza. Nesta segunda-feira, homens do Batalhão de Choque também aderiram à paralisação.

O tema continua gerando polêmica no Twitter
O tema continua gerando polêmica no Twitter

A desembargadora Sérgia Miranda, do Tribunal de Justiça do Ceará, determinou também que todos os prédios e viaturas da corporação que estejam em poder dos manifestantes sejam devolvidos ao comando da Secretaria de Segurança Pública do Ceará e que os trabalhadores voltem imediatamente aos postos, sob pena de R$ 500,00 por dia aos militares e de R$ 15 mil a cada associação que apoiar o movimento.
Depois da determinação da Justiça, o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros do Ceará (ACSMCE), Flávio Sabino, disse que "só sairemos daqui mortos ou com a vitória".
Até agora, em substituição aos cerca de 10 mil policiais militares e bombeiros de braços cruzados, cerca de 813 homens do Exército Brasileiro e outros 204 da Força Nacional tentam manter a ordem na capital cearense.
Fonte: Jornal do Brasil

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