terça-feira, 13 de março de 2012

MAIS DE 8 MIL PESSOAS MORRERAM NA SÍRIA

O presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Nassir Abdulaziz Al Nasser, disse na segunda-feira que o número de mortos naSíria ultrapassa 8 mil. Há um ano, o país vive uma onda de violência e repressão devido a conflitos entre manifestantes e agentes de segurança do governo do presidente Bashar Al Assad. A oposição apela para uma intervenção militar na região. O assunto é tema de reunião nesta terça em Istambul, na Turquia.

Síria Al Nasser disse que muitas vítimas são mulheres e crianças e que a comunidade internacional tem de agir o mais rápido possível. Segundo ele, se o Conselho de Segurança da ONU não agir, a Assembleia Geral das Nações Unidas “estará pronta para tomar atitudes”.

Para a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o Conselho de Segurança não pode ficar em silêncio quando o “governo massacra seu próprio povo”. Integrantes do Conselho Nacional Sírio, organização da oposição, vão se reunir com o enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, na Turquia.

A oposição defende uma intervenção militar na Síria para por fim à repressão. Para os oposicionistas, a ação é urgente, pois apenas na cidade de Homs 47 pessoas foram mortas ontem. Annan pediu para Assad tentar o diálogo, mas ele se recusou, alegando que não conversa com terroristas.

Em comunicado divulgado durante entrevista em Istambul, o Conselho Nacional Sírio pediu uma ação rápida da comunidade internacional. O conselho quer intervenção militar, a criação de uma zona de exclusão aérea e a implantação de corredores humanitários. ”Para por fim à violência, não bastam comunicados e promessas vazias”, disse Burhan Ghalioun, representante dos opositores. Porém, no que depender de Annan não haverá intervenção militar na Síria. Segundo ele, a “morte de civis deve parar imediatamente”. Na Síria, faltam água e eletricidade, e as linhas telefônicas foram cortadas.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu ontem e a comunidade internacional pediu, mais uma vez, que a China e a Rússia, integrantes permanentes do órgão, posicionem-se a favor de uma resolução. Os dois países bloquearam todas as tentativas de um texto condenando a violência.

Annan espera resposta da Síria

O enviado especial da ONU-Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, disse que esperava uma resposta nesta terça-feira do governo sírio sobre as “propostas concretas” feitas durante a reunião no fim de semana com o presidente sírio, Bashar al-Assad, para acabar com a violência que dura quase um ano.

Annan não revelou quais são as propostas. O embaixador da Síria em Moscou disse na segunda-feira, porém, que as discussões entre Assad e Annan trataram de “cinco princípios” para um acordo sírio acordado pelo ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e ministros da Liga Árabe, no sábado, no Cairo.

Após encontrar Annan, o líder do Conselho Nacional Sírio (CNS), Burhan Ghalioun, disse que o objetivo era uma solução política e diplomática, caso contrário governos estrangeiros cumprirão as promessas de armar as forças rebeldes.

Fonte: Correio do Brasil

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