terça-feira, 13 de março de 2012

SAÍDA DE TEIXEIRA DEIXA MANO NA RETAGUARDA

A renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF fragiliza a posição do técnico Mano Menezes à frente da seleção brasileira. Muito questionado pelos resultados insatisfatórios conquistados em campo e pela demora em formatar uma base sólida para a disputa da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Mano tinha em Teixeira um forte suporte para permanecer no cargo mesmo sob as críticas.
Alex Silva/AE
Com a mudança no comando da entidade, a situação do treinador fica na berlinda. Vai depender muito dos rumos do novo presidente, José Maria Marin, na confederação. O diretor de seleções, Andrés Sanchez, deixou a vaga à disposição assim como os demais dirigentes da CBF. Marin, no entanto, garantiu a permanência de todos.

Na eventualidade de Sanchez deixar o posto, Mano perderia o último pilar de sustentação. Os dois têm relação muito próxima desde os tempos em que o treinador esteve à frente do time do Corinthians. O que, porém, não garante estabilidade a Mano.

Em uma de suas primeiras entrevistas desde que assumiu a função de administrar as seleções da CBF, Sanchez cobrou melhores apresentações do time principal, que até o momento só obteve vitórias contra adversários de menor peso. A exceção foi um triunfo sobre a Argentina apenas com jogadores locais.

A participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, se Mano suportar a pressão por mudança até lá, vai ser decisiva para a sua permanência até o Mundial de 2014. A conquista do ouro inédito o fortaleceria.

Na primeira competição oficial à frente da seleção canarinho, um duro fracasso. Eliminação nos pênaltis para o Paraguai na Copa América do ano passado, nas quartas de final, em campanha marcada por atuações sofríveis e pouco convincentes.

A insistência em nomes como Ronaldinho Gaúcho e os resultados obtidos contra seleções do primeiro escalão mundial também são fatores negativos.

Contra Argentina, França e Alemanha, três derrotas. Nas outras 18 partidas sob a batuta de Mano Menezes, 13 vitórias e cinco empates.

Há quatro partidas programadas para o selecionado brasileiro para maio e junho, contra Dinamarca, Estados Unidos, México e Argentina.

Fonte: Estadão

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