quarta-feira, 4 de abril de 2012

CRISE NA ESPANHA DERRUBA MERCADO EUROPEU

As ações europeias caíram para a mínima em dois meses nesta quarta-feira, que registrou a maior queda diária em um mês, após um decepcionante leilão de bônus da Espanha reacender as preocupações com a crise da dívida da zona do euro.

O índice FTSEurofirst 300 das principais ações europeias, fechou em queda de 2,1%, aos 1.049 pontos, segundo dados preliminares. Já o Euro Stoxx 50, da zona do euro, recuou 2,46%, aos 2.398 pontos, rompendo a marca de 50% de retração de dezembro a março.

O indicador dos bancos da zona do euro, que detêm a maior parte da dívida da região, teve baixa de 3,14%, depois de os custos de empréstimos da Espanha saltarem em um leilão de títulos nesta quarta.

Além disso, o custo do seguro da dívida da Espanha contra default aumentou para o nível mais alto em mais de quatro meses, à medida que os investidores reagiram defensivamente ao fraco leilão de bônus do país. No começo da manhã, o spread (prêmio) dos swaps de default de crédito (CDS) de cinco anos subia 16 pontos-base, para 453 pontos-base, o maior nível desde 28 de novembro do ano passado, segundo a provedora de dados Markit.

"A crise do euro sempre vem em ondas e esta é, claramente, uma nova onda", afirmou o economista-chefe do banco Berenberg, Holger Schmieding. "Há muita volatilidade e hoje não parece que atingimos o fundo ainda", completou.

Nos EUA, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor não industrial do país, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, em inglês), recuou para 56,0 em março, de 57,3 em fevereiro, o que não ajudou a melhorar o humor dos investidores. A estimativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones era de uma leitura de 56,9.

Também não animou os investidores a divulgação de que o setor privado norte-americano criou 209 mil empregos em março, em comparação a fevereiro, em base sazonalmente ajustada, segundo o relatório da ADP/Macroeconomic Advisers. O aumento superou pouco a previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam a criação de 200 mil vagas.

Em Londres, o índice Financial Times caiu 2,3%, a 5.703 pontos. Em Frankfurt, o DAX baixou 2,84%, para 6.784 pontos. Em Paris, o CAC-40 perdeu 2,74%, a 3.313 pontos. Em Milão, o Ftse/Mib declinou 2,42%, para 15.245 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 caiu 2,09%, a 7.660 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 desceu 2,36%, para 5.361 pontos.

Fonte: Reuters

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